A TAÇA E O CAPITÃO [2]
Desde 1946, em Poços de Caldas, o adolescente Mauro exibia estilo clássico. Em 1954 ganhou o apelido de Marta Rocha por ser bonito e elegante dentro e fora do campo.
Foi reserva de Bellini na Suécia. Quando convocado para o Chile, foi ao técnico Aimoré Moreira e disse com a peculiar tranqüilidade mineira, que não ficava mais na reserva. O treinador, vendo nessa exigência que o moral do atleta estava em alta e, quem sabe, temendo que ele pedisse dispensa do escrete, de pronto o fez titular da equipe. Daí, com a braçadeira de capitão, Mauro Ramos ergueu a Taça Jules Rimet do Bi no Chile.
Desconfio que essa forçada de barra do Mauro prá cima do Bellini vazou. Essa atitude dele não foi nada elegante... e talvez até por isso Mauro seja o nosso capitão menos lembrado. Talvez também porque a Copa de 62 não tenha sido lá grande coisa. Começa que foi uma copa sem Pelé (se machucou). Garrincha foi a estrela máxima, mas aí, entra a nossa memória ingrata e sem tecnologia. Pouca gente viu Garrincha jogar e não existe filminho, vídeo, documentário, qualquer coisa do tipo, do que ele fez. Existe sim, mas pouquissima coisa. Até do próprio Pelé tem pouca coisa. É só pesquisar. No Google você praticamente não acha uma foto em preto e branco do Ronaldinho gaucho por ex. Do Garrrincha, a gente não acha colorida.
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