Jogador elegante, técnico e com um físico privilegiado. Com 1,82m de altura, Carlos Alberto Torres tinha passadas largas e fôlego para atacar e defender com a mesma desenvoltura, coisa raríssima em sua época. Foi um dos mais completos laterais-direitos do Brasil em todos os tempos e tem duas imagens gravadas na memória do esporte brasileiro: seu gol contra a Itália, o último da goleada de 4 x 1 na final da Copa de 1970, e a cena em que ergue a taça Jules Rimet, conquistada em definitivo pelo Brasil depois daquela vitória.
Além das qualidades físicas e técnicas, era um líder nato. Começou a jogar entre os profissionais aos 17 anos e, aos 22, já era o capitão do Santos de Pelé, o maior time do país na época.
A braçadeira na Seleção foi uma conseqüência natural. Tinha habilidade, respeito dos companheiros e, como uma de suas características principal, uma forte personalidade. O apelido de “Capita” vai acompanhar para sempre o capitão do tricampeonato mundial. Tendo disputado apenas uma Copa do Mundo, Carlos Alberto recebeu da FIFA, em 2000, o título de melhor lateral-direito do século 20. Hoje é técnico de futebol e disputou as Eliminatórias de 2002 e 2006, mas nem Omã nem Azerbaijão conseguiram levar o capitão do tri para mais uma Copa do Mundo.
“Dois momentos foram especiais na Copa do México. Um foi quando eu recebi a taça que, a partir daquele momento, passava a ser definitivamente do futebol brasileiro. E eu era o capitão. O outro foi quando eu fiz o último gol. Até hoje as pessoas lembram: foi o quarto gol, que confirmava a vitória do Brasil. Faltavam três ou quatro minutos. O mais bonito foi a jogada, que começou com o Tostão. Ele passou para o Clodoaldo, que jogou para o Jairzinho, que deu pro Pelé, que esperou o momento certo para eu finalizar. Eu estava vibrando. E a tevê me pegou erguendo os dois braços, sacudindo o antebraço e gritando:
- "Puta que o pariu".
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