Dá pra acreditar?
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Tava lendo há pouco o facebook de Sani Kaita, o jogador nigeriano (camisa 14) ameaçado de morte após ser expulso na partida contra a Grécia (perderam por 2 a 1, diga-se) por ter agredido deslealmente o jogador Torosidis. A Fifa determinou que a seleção da Nigéria intensifique a segurança. A gente lembra automaticamente do zagueiro colombiano Andrés Escobar, que marcou gol contra na derrota por 2 a 1 da Colômbia para os Estados Unidos na Copa de 94. Escobar foi assassinado com doze tiros, quando saía de um restaurante no centro de Medellín. O suposto motivo: a derrota da Colômbia teria causado prejuízo a "apostadores". E me faz recordar também da época em que morei em Angola. Do dia em o pessoal assistia um jogo do Bahia e o segurança da casa apareceu com arma em punho na sala de tv, ao ouvir os brasileiros gritaram que "iam matar" algum jogador do Bahia (não lembro quem) que não estava com bom desempenho na partida (também não lembro contra quem). Acompanhar o campeonato baiano pela Globo Internacional era um de nossas distrações favoritas na rotina mwangole. Foi preciso explicar com muito cuidado que era apenas uma forma de expressar uma raivinha passageira. Ninguém queria matar o jogador do Bahia com uma AK47. Ora, é fato que para africano - sobretudo os que nasceram e vivem em situação de guerrilha, conflito armado - a expressão "eu vou matar" não tem nada de subjetivo ou figurativo. É muito real, é o anúncio de uma execução concreta. Portanto, não venham com essa história de que as milhares de ameaças não passaram de brincadeira, como tentou reverter o assistente nigeriano. Historicamente, os africanos estão acostumados a matar. Principalmente quem os desagrada. Questão de sobrevivência. Não recordo de ouvir em África expressões da boca pra fora.
1 Comments:
E a gente ainda pensa que sabe muito...Uma aulazinha básica de cultura local para os moços, seria uma ótima idéia!!!
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