SAUDADES
* dos cachecóis da Fátima Bernardes
* dos brincos de diamantes do jogadores
* do som da vuvuzela
* dos gols de mão
* da imprensa esportiva
* do Dunga
* do Dunga levantando a taça
* dos cachecóis da Fátima Bernardes
* dos brincos de diamantes do jogadores
* do som da vuvuzela
* dos gols de mão
* da imprensa esportiva
* do Dunga
* do Dunga levantando a taça
Marcadores: Copa roubada, Holanda
Exatamente isso, sem tirar nem por ou, talvez, tirando e pondo e assim consecutivamente.
Na se trata, é claro, de sentimento dos mais nobres e nem me parece ser um gozo dos melhores. Mas foi exatamente isso. Gozamos com os membros viris alemães, o chamado gozo chucrute.
Depois de achacados pela imprensa portenha em razão da derrota para a Holanda por 2 x 1, restava-nos torcer pela saída dos mais pedantes dos pedantes sobre a face da terra. Qualquer 1 x 0 resolveria o caso e aplacaria a nossa sede de vingança. Porém, nenhum de nós, em perfeita posse das faculdades mentais ousaria sonhar com um resultado tão acachapante.
A cada gol, close no pequenito dom dieguito. Impagável!!!
Veio o primeiro: Uhuuuuuuu! O segundo: Cacete!! O terceiro: Puta-que-pariu!!! E o quarto gol: Hasta la vista baby! Abschied baby!
E foi então que ocorreu o seguinte diálogo entre Joachim Loew e Maradona:
Joachim Loew: Como te llamas, muchacho:
Maradona: Don Diego Armando Maradona, el pequeno notabile.
Joachim Loew: Te llamavas!!!
E a galera agradecida assim cantava: “Klose maravilha, nós gostamos de você... padá-pá-pá-pá-papa... Klose Maravilha, faz mais um pra gente ver... padá-pá-pá-pá-papa...”.
Tomou, papudo?!
* O choque da derrota foi tão grande, que até agora ninguém falou da famigerada camisa azul da Seleção - o tal do uniforme n.2 que ninguém - NINGUÉM - gosta. Não há estatística que convença.
* Os holofotes estão tão virados pro Dunga e pra expulsão do Felipe Melo que a gente nem lembra que antes, ele FM fez um gol contra! [se ele tivesse sido expulso antes quem sabe... Ah merda! Agora já foi]
* Seo Ari foi quem levantou a primeira bola de que Dunga poderia ser supersticioso... Pois é! Usou no jogo de ontem roupa repetida também. Camisa e camiseta do primeiro jogo - acho eu. Cada uma de uma cor claro. Camiseta verde, camisa terra, por cima sueter decote V meio cinza e depois o sobretudo preto. Tudo com base no estilo Dr. House de ser [não tinham percebido né?]. Como sabemos, superstição dá azar. Toc... toc... toc...
[mas minha orelha ainda não tá boa e ela me enfiou essa coisa ridícula na cabeça pra tirar retrato] Marcadores: Bichano Branco
Eu já tinha decidido que depois da copa ía parar com blogs. Agora tenho mais certeza ainda. O que eu quero é difícil. Eu sei. Eu quero um espaço, um blog, um site, um jornal, um programa de rádio, ou tudo isso junto, mas que seja do bem. Do bom. Do correto. Do pra cima. Achar patrocinador vai ser uma guerra... porque nossas empresários de comunicação acreditam que boa notícia não é notícia.
Mas olha, não dá pra gente, com nosso humor e jeito baianando de ser, competir com essa turma "da imprensa" que não tem um pingo de ética. Descobri, de tanto que ouvi, que os comentaristas não comentam - fazem editorial e que narrador não narra - torce. Como sempre foi assim, tenho a ligeira desconfiança que o dito super poder da imprensa, essa de hoje sem limites que se acha inatingível, começou com os "cronistas esportivos". Cronistas sim. Como no tempo do meu pai. E fizeram escola.
A gente lê uma coluna hoje e o que se vê é a opinião de quem assina. É menos forte do que ouvir, até porque é mais fácil falar do que ler.
Eu, ao contrário do que afirma Ari, entendo de futebol. Não acompanho, mas entendo. Se você tem mais de 50 sabe que pra quem nasceu santista como eu, viu Coutinho, Pelé, Mengálvio, Didi [meu irmão santista super atento, me corrigiu... Didi não...] Gilmar e Clodoaldo jogarem na Vila, viu o alvinegro praiano ganhar a segunda estrela de ouro sobre o escudo, sabe que eu não tinha como crescer sem me apaixonar por futebol.
Aos poucos fui deixando de acompanhar, mas mesmo aqui na Bahia, várias vezes fui na Fonte Nova ver jogos. Acho lindo demais um campo de futebol lotado! O Maracanã então... é a lenda transformada em vida.
Agora, com esse negócio do blog na Copa e o amor da Carminha pelo Dunga, grudei na Seleção. O resultado é que estou mais destruída com a qualidade da imprensa que vi, li, ouvi, do que com a desclassificação.
Inacreditável ouvir aqueles homens falando. Alguns muitos mais polêmicos do que o jogador que com uma patada botou Elano para fora do gramado. Outros, amargurados, nem tanto pelo que foram mas pelo que poderiam ter sido e nunca serão. Uns outros querendo emergir depois de terem afundado em areia movediça. E muitos exS. Ex isso, ex aquilo, ex aquilo outro...
Tenho muito medo de me transformar numa dessas pessoas amarguradas com tudo e todos, sempre pronta pra dar pedrada no mentiroso ou omisso - coisa que eu faço muito bem - por isso também não quero entrar nessa de falar mal e só mal. Falar mal é fácil, já dizia Paulo Francis.
Claro que a mairoria dos 1000 jornalistas brasileiros que estão em África eu nunca nem ouvi falar, e poderiam ter ficado calados de mãos amarradas que não teriam feito a menor falta. Aliás, alguns muito conhecidos também poderiam ter ficado calados e amarrados.
Bom, assim como tenho certeza de que vou morrer sem ouvir o Maracanã inteiro gritar o meu nome - DEEEEEEEEE - NIIIZZZZZZZZ - tenho certeza de que imprensa não se faz de gente que vive na base do "não disse!!!" ou do "porque ele?"...
A verdade, que não gosto de admitir, é que me assustei. Quase não vejo TV aberta, menos ainda noticiário. Não sabia que a "imprensa" poderia ser assim. Ingênua e burra eu. Tassita mesmo cantou essa bola aqui lá no comecinho da copa citando o que Armando Nogueira já dizia sobre imprensa esportiva.
Ah bom, então há salvação! É a "imprensa esportiva". Ui! Que bom!
Mas mesmo assim penso que o Baianando nunca vai participar de uma coletiva em Copa do Mundo. Só se Tassita for de fotógrafa e a Pró de repórter.
Marcadores: 1998, Ari, Fátima Bernardes, fracasso
Ou, então, um intróito ególatra: “Viram o que eu disse? Eu sou foda!”
Quem sabe uma chamada meio bíblica: “Há tempo de semear e tempo de colher”. E aí eu acho que é onde nos equivocamos querendo colher sem a devida semeadura.
Vocês sabem que eu não entendo nada de futebol. Mas a Fátima Bernardes também não e está lá, cobrindo os jogos da seleção brasileira (estava, né?). Então vou me atrever a fazer uma análise da atual conjuntura do futebol.
Digam-me, por favor, que seleção é essa que disputou a Copa em África? Nomes, personagens, craque avulsos. Todos preocupados com a valorização dos seus passes e conseqüentes milionários patrocínios. Equipe? Eu não vi. Muitos beijinhos, tapinhas e abracinhos, mas espírito de equipe... Nem de longe. Um técnico equivocado em razão de uma personalidade infantil e rabugenta. Uma situação desfavorável - por assim dizer -, tendo em vista a realização da próxima Copa no Brasil que, sendo hexa agora, não poderia ser hepta (é isso?) daqui a quatro anos.
Não gosto dessas teorias conspiratórias. Sempre me cheiram a paranóia (remember o Ubaldo). Mas, a cada dia, aumenta em mim a certeza de que o mundo gira em função das grandes corporações, em torno do lucro. Ele, o lucro, é o rei, o amo e o senhor e por ele e para ele tudo é possível, permitido e aceito e nada é imoral, ilegal ou engorda.
Nós?... Nós não passamos de pobres e ridículas marionetes, de títeres eletrônicos prontos a funcionar ao primeiro comando de BUY NOW!
Aí, encerramos o ano com o natal, e vem o carnaval, a páscoa, o dia das mães, dos namorados, e são joão e dia dos pais, dos avós. Ufa! E o comando sendo acionado vertiginosamente: BUY NOW! BUY NOW! BUY!
E, em anos como este, ainda tem a Copa do Mundo de Futebol. Vamos comprar vuvuzela, minha gente! Tv de LCD, 3D e o carvalho a quatro.
Isso sem falar no consumismo do dia-a dia, do fenômeno sócio-cultural dos shopping center.
Assisti, esta semana, na GNT, um cientista social americano comentando que, por lá, nas cidades menores, não existe mais vida cultural como concebida anteriormente. Hoje, a cultura é a do shopping center. Acontece, então, de algumas dessas cidades contarem com um número absurdo desses centros de compra e que estão permanentemente lotados. O programa cultural é comprar.
“Ora direis, ouvir estrelas...”. Onde foi que eu estava mesmo? Acho que a porrada que o Felipe Melo deu na minha cabeça me deixou atordoado até agora.
Pois bem. A tal da vaca, a fria. Voltemos a ela: o fracasso da nossa Seleção Canalhinha, digo Canarinho. Por que o Brasil perdeu? Isso eu sei responder, sem titubear. Porque jogou mal para cacete! Borrou-se nos calções. Mereceu a derrota. O pessoal lá do Seo Maurício (o de Nassau) mereceu a vitória. É simples assim.
O jogo de hoje? O que foi aquilo? Levou-me de volta a 1998, àquele jogo schifozo contra a França. Melhor deixar pra lá, sob pena de baixar o Ubaldo na plenitude da sua paranóia.
Pois é... como disse o marido da Suzana Werner: “Futebol são onze contra onze”. E é isso o que mais dói, porque, na verdade, no nosso caso, somos 192.304.735. Ou melhor, 192.304.734, depois da expulsão do Felipão Troglodita.
Lanço aqui uma campanha-promessa para todos(as) os(as) companheiros(as) baianandeiros. Para que o Brasil seja hepta em 2014, dentro de casa, a gente não vai comprar nada que não seja essencial, fundamental mesmo (tipo papel higiênico, saca?) até o final da próxima Copa.
E tenho dito!
placar e autores dos gols [deixe seu palpite no comentário]
* Dineuza - BRASIL 2 X 0 HOLANDA - Robinho e Kaká
* Junior - BRASIL 1 X 0 HOLANDA - Luiz Fabiano
* Denis - BRASIL 2 X 0 HOLANDA - Kaká e Robinho
* Márcia - BRASIL 2 X 2 HOLANDA - Brasil ganha nos pênaltis
* Carminha - BRASIL 1 X 0 HOLANDA - Robinho
* Amélia - BRASIL 4 X 1 HOLANDA - Kaká, Luiz Fabiano, Robinho, Kaká
Marcadores: Bonner, Fátima Bernardes, Junior
Acho que pelo fato de eu ser um barnabé que trabalha num museu do estado, ela deduz que entendo de musas. Afinal, daí vem a palavra museu, uma espécie de templo das musas.
Mas, consultando a Dra. Wilk Pédia, constado o seguinte: “As musas são entidades mitólogicas a que são atribuidas capacidade de inspirar a criação artística ou científica; na Grécia, eram as nove filhas de Mnemosine e Zeus. Musa, no singular, é a figura feminina real ou imaginária que inspira a criação.”
Bom, que a moça inspira, isso inspira mesmo. A mim, porém, não ocorreu nenhuma inspiração artística ou científica (se bem que até). Mas não é nada do que vocês possam estar pensando. Inspirou-me cuidados a gata. Taí... foi isso. A moça é paraguaia, então o risco de falsificação é sempre considerável. E aquele celular no meio de tanto silicone pode transformar a conterrânea de Perla numa mulher bomba. Vai que...